Por Laika Bertran
Mais um Natal.
Natal de pobres, Natal de ricos.
Blasfema aquele que discursa sobre significados do Natal.
E os presentes, bons, porque no Natal o presente tem que ser bom , estar à altura, afinal, ele diz muito de você, se venceu, se perdeu ,ou se está tentando, e aquele sem presentes não tem um bom lugar nesta data.
As comidas fartas, os orgulhos exaltados, as expectativas, a inveja, o ódio contido, o insuportável das diferenças, os presentes repletos de patologias psíquicas, os sorrisos e desejos falsos e desgastados.
Satã, feliz com a vitória, dominou o mundo, a mente, a vida das pessoas e nada mais pode ser feito.
Resta caminhar só.
A "sociedade" matou Deus para que os demônios fossem libertados.
Hoje, vivemos costumes visivelmente tomados pela cultura satânica do Inferno.
Corremos o risco de nossos Pinheirinhos de Natal entrarem em combustão espontânea.
Mas bobagem, o show não deve parar, e para aquele sem presentes, sem mentiras, será um Natal de vergonhas, isolamento, solidão.
Enquanto isso pode-se ouvir o som dos brindes, as alegrias, as esperanças, de ser o inimigo,"rico", influente, invejado, aplaudido, bem relacionado, com o poder, com a política, com a mentira, com as coisas boas da vida, não é mesmo?
É o Natal do iPad, do Tablet.
O Natal da Morte.
E que Deus, morto em nós, nos perdoe neste Natal.
